Olhar a vida ...
Um olhar que revelar o tempo.
365 dias, inúmeras horas, centenas e centenas de
caminhos que se cruzam e se despedem a cada segundo. E ainda sim...olhar!
Só quem olha com o coração, conseguir perceber a magia
de estar vivo. Estavamos cegos!
Não percebi a xícara de leite deixada toda manhã pelos
meus pais, que insisto em deixar vazia. Não percebi as inúmeras lagrimas que
fiz derramar e não as enxuguei, quando dei por mim o pedro cresceu, o lucas
nasceu, pessoas se foram, um amigo se distanciou, outros vieram, a comida
esteve todo dia ao meio dia e eu não agradeci, os sonhos se modificaram, parei
de beber, voltei a desenhar, comecei a fotografar, e o mundo mudou.
Estive cega, quando deveria ter ficado e fui
embora.
Quando fiz demasiadamente mais, por nada.
Quando não fiz nada, para mudar o meu mundo.
Quando a vida passou e ainda continuei sentada.
Quando não reconheci o amor.
É possível que você esteve ao meu lado, e eu não o vi
Que estive ao seu lado e você não percebeu.
Que nos desencontramos, para nos encontrarmos quem
sabe mais tarde.
No último dia de 2012 abrir os olhos e perceber que
ainda há tempo para vida.
Olho com sinceridade da alma, que me revela que
neste ano conheci os mais bonitos corações, pessoas abençoadas, conheci um
amor, que nunca havia sentido, o amor maior, por algo maior, por um Deus maior.
Aprendi sobre ser Grato, sobre semear, sobre a paz
e a felicidade de quem pode olhar a vida e ser grato, não há preço!
Fui Feliz!
Senti meu coração ser transformado, e descobri
apesar de tamanha dor, que meu coração recuperou a capacidade de amar, que
talvez nunca tivesse perdido apenas esquecido. Devo isso há alguém muito
especial.
Em 2012, deixei o passado finalmente ir embora, resignifiquei
minha vida, encontrei outros sentidos, Hoje descubro que estou pronta para
recomeçar.
Agradeço imensamente a todos que passaram na minha
vida, como as mãos que tentam segurar as águas do rio e não conseguem....não se
esqueça, em suas mãos ficara um pouco do rio, assim como no rio um pouco de
suas mãos.